sábado, 25 de junho de 2011

A modernidade e o nosso turbilhão emocional


 Não sou psicólogo de formação,desse modo peço a “licença científica” para fazer uma análise de um “psicologismo cotidiano”,porém uma reflexão que julgo necessária em nossos tempo modernos.

 O fato é que vivemos imersos numa variedade de acontecimentos do dia-a-dia cada vez mais corrido que muitas vezes nos afasta de nós mesmos.Na vida moderna,competitiva e meritocrática,temos pouco tempo para assimilar nossas experiências individuais: que vão das dores,amores,percas, vitórias,progressos,amadurecimentos.Assim,atropelamos rapidamente o sabor de uma vitória,e até mesmo a assimilação de uma derrota que possa nos fazer crescer enquanto indivíduos,não valorizando uma promoção no trabalho,um aprendizado novo,ou os eternos encontros e desencontros que a vida nos impõe frequentemente,queremos sempre mais.

  Nesse círculo vicioso nos tornamos seres demasiadamente racionais,nos rendemos á um mundo capitalista dinâmico,que seguindo a velocidade da informação,muitas vezes não nos dá tempo para pararmos alguns segundos e contemplarmos os acontecimentos triviais.Sim,o “conhece-te a ti mesmo” como sugeria o grande filósofo,”fechar para balanço” os nossos débitos emocionais para continuarmos a saga da vida de maneira mais saudável e serena.Uma caminhada no parque ao entardecer,um minuto de silêncio e um copo de água pura antes de dormir,sem pensar nas metas e pré-ocupações do dia seguinte,ou uma pescaria que nos coloque próximo á natureza e nos livre momentaneamente da velocidade digital e da histeria de um trânsito caótico e intolerante.Lembrar de nossas origens e de nossos avanços é preciso.

 A verdade é que enquanto não notarmos a importância desses pequenos momentos,seremos engolidos por uma sociedade cada vez mais utilitária,mecânica,imediatista e desumana.Ao extremo nos tornamos marionetes de um sistema que cobra exacerbadamente nossas energias físicas e espirituais,é fato que não podemos parar no tempo,também é errôneo pegar carona da na sua fugacidade,desprezando as pequenas coisas da vida,que ao fim de tudo,são as que valem mais,e o que deixamos de nós para a posteridade.



                          

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