terça-feira, 22 de março de 2011

Imprensa marrom

Por que as charges muitas vezes dizem mais de mil palavras..

Mídia golpista

Falando em mídia golpista,estava observando como nossa mídia local é combativa e "revoltada" com os traficantes apreendidos(os famosos peixes-pequenos no mundo poderoso do tráfico).Prato cheio para os pseudo-jornalistas locais (estilo Alborghetti,Datena com seu falso moralismo barato),descem a lenha em traficantezinhos periféricos de ponta-de vila que são presos com uma ou duas pedras de craque,como se esse fosse o "mal" originário de nossa sociedade cruel e segregadora .Obviamente esses meliantes de "pequeno porte" devem ser combatidos,pois é do micro que se constitui o macro,onde o pequeno certamente colabora com uma rede de relações maiores.
No entanto,observo que esses "peixes pequenos" são "pescados" estrategicamente,á fim de que se crie um mecanismo ideológico em prol da difusão de uma falsa noção no imaginário popular,de que por aqui a lei funciona,de que os crimonosos são presos ,de que a população está sendo representada,e de que o pote de ouro está no fim do arco-íris,como algo lindo,harmônico e funcional na "Dallas" brasileira.Sendo que na verdade se constutiu uma grande rede de proteção aos maiores bandidos de nossa cidade,em troca de beneficiamentos pessoais,patrocínios,carguinhos sujos,projeção política e mesmo puxa-saquismo vulgar constituído de uma dose cavalar de idiotia.Já os verdadeiros criminosos,os que originam de fato num contexto maior toda essa exclusão,estes sim estão protegidos.Sei que isso já é lugar-comum,senso-comum sociológico,no entanto os petralhas continuam livres,nós não.
Ah,e os figurões da mídia suja também.."Opa,tá falando com ele

Futuro do país

Protesto em Sarandi

 Vários setores da sociedade sarandiense como o Comite de Lutas,alguns partidos políticos ( Pt,Pstu), Dce da Uem e alguns moradores,cidadãos comuns foram protestar em frente á prefeitura devido ao aumento abusivo do Iptu em Sarandi,bem como a reestatização do lixão,problema antigo que preocupa a cidade.
  A população dá mais uma vez um exemplo de cidadania ao se mobilizar e exigir do governo municipal os seus interesses,demonstrando que a verdadeira cidadania e vontade democrática não toleram alguns abusos do poder público,tendo em vista a carência da população que em sua maioria é constituída de pessoas trabalhadoras de baixa renda.
A cidade mostra um associativismo popular invejável, o cidadão comum sarandiense parece ter se dado conta de que a força popular é a base das conquistas políticas e do fortalecimento da democracia, atitude louvável,já que todos os direitos populares são adquiridos através da mobilização e pressão popular.
Todavia o episódio do Iptu e do lixão ainda dará muito o que falar. 

Economia em tempos de alerta

Comumente ouvimos nos noticiários a ideia liberal de que a economia possui vida própria, jargões que soam ironicamente “o mercado está nervoso”, alertando para o “estado de espírito” do metafísico e quase espiritual mercado financeiro. Ou como diria o clássico economista Adam Smith ,devemos nos atentar á “mão invisível” que controla o mercado,como se essa não fosse regulada por decisões humanas, com seus interesses específicos e atitudes deliberadas.
Teorias á parte,remeto á esses conceitos para analisar a situação econômica atual da economia brasileira. Passada a efervescência dos anos anteriores,a mesma agora pede cautela.
Simpatizantes ou não da era Lula, os números são claros e inquestionáveis á respeito do desenvolvimento da nação neste período, demonstrando um grande impulso ás finanças que o país foi palco. Podemos citar como exemplo a oferta de créditos para as classes C e D ( forças motrizes da economia ) . Sim,nunca foi tão fácil adquirir casa própria,carro zero e cartão crédito,viajar de avião, o Estado em aliança com o empresariado,fazendo uma coalizão de interesses que beneficiou á muitos,os livros de história um dia falaram sobre isso.
O fato é que todo esse cenário de euforia e prosperidade econômica tem seu preço,como tudo na vida. Já que as “leis” do mercado não descansam,e começam a preocupar os brasileiros. Muito dinheiro circulando na praça,muita geração de emprego e renda que em demasia gera problemas,equação que pareça paradoxa e contraditoria,mas o fato é que muito progresso pode trazer colapsos. Tendo em vista que toda essa oferta de lucros e consumo consequentemente desvaloriza a moeda,fazendo rondar novamente a ameaça do fantasma da inflação,bem conhecida e temida historicamente por nós,e essa já demostra sinais,mesmo que timidamente.
Preocupado com um possível acidente finaceiro o governo toma suas medidas,como corte de custos,aumento de juros para controlar a consignação de crédito,suspensão de concursos federais,entre outras medidas emergênciais que visam “acalmar” o acelerado e ameaçador mercado financeiro.
    A grande problemática é a falta de conhecimento da população em relação á essas medidas. Nesse sentido já começam as primeiras críticas á presidente Dilma,que pegou a economia num momento de manobras perigosas,porém necessárias. É fato que não se deve culpar o cidadão-comum por muitas vezes conhecer minimamente esses raciocínios,já que historicamente nunca foi de interesse político instruir a população. O complicado é que a oposição usa essa “pisada no freio” como armadilha política e subverte o sentido real da “corrida”,como se fosse metaforicamente uma entrada no “pit-stop” para continuar bem a corrida do desenvolvimento.
Obviamente a população deve estar atenta para que os gastos e benefícios sociais não sejam cortados drasticamente,já que a economia precisa dos “pequenos”,que são maioria, e essa “minoria majoritária” que fazem movimentar as esteiras do capitalismo dos grandes banqueiros que estruturam questionavelmente nossa sociedade. Como vemos a economia é controlada por leis nem tão misteriosas assim,é humana,demasiadamente humana.